Falando com Ciência

Vamos comentar sobre os aspectos, muitas vezes polêmicos, do dia a dia da pesquisa que se faz pelo Brasil, nos Institutos de Pesquisa e nas Universidades.

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Proteja-se do estresse depressivo, muito comum entre pesquisadores e pós-graduandos


A vida de pesquisadores e pós-graduandos costuma ser muito estressante. Em primeiro lugar, a vida de pesquisa pode ser muito demandante, com excesso de compromissos a serem cumpridos com orientadores, instâncias acadêmicas, financiadores, colegas, dentre outros atores. Além disso, a vida de pesquisa é muito competitiva, em particular por conta do produtivismo exacerbado, que muitas vezes estabelece metas inatingíveis para cada um de nós. E não podemos esquecer que o dia-a-dia da pesquisa é repleto de cobranças, em boa parte de cobranças internas.

É preciso ainda admitir que os pesquisadores em geral são muito frágeis em relação às cobranças, porque quase sempre foram bons alunos, cumpridores de expectativas e de deveres, de forma que não costumam lidar muito bem com a existência de limites pessoais e falhas. Até por isso, costumam dizer com orgulho que não tiraram férias, ou que passaram a noite trabalhando ou que passaram o final de semana à frente do computador. Essa dedicação exagerada ao trabalho acaba provocando muita frustração quando as metas estabelecidas não são eventualmente atingidas.

Esse panorama apresentado constitui caldo de fermentação propício para o desenvolvimento do estresse depressivo. Por essa razão, pesquisadores e pós-graduandos são com frequência vítimas desse quadro de estresse depressivo. Assim, se você está sentindo uma certa apatia, desmotivação e um pouco de tristeza, talvez você esteja sendo acometido por esse tipo de estresse funcional.

Se esse é seu caso, saiba que você não está só e que o estresse depressivo é muito comum na nossa comunidade, podendo ocorrer algumas vezes ao longo da vida profissional. Esse pode ser um sinal de que você está passando do ponto e precisa parar um tempo para se cuidar. Talvez seja hora para conversar com amigos e conselheiros, cuidar da alimentação (a alimentação desequilibrada contribui com o agravamento do estresse e da depressão), tirar umas férias, fazer exercícios e renovar a carga hormonal, e até mesmo procurar apoio profissional (talvez dentro da própria instituição de trabalho).

Se você está sentindo os sintomas característicos do estresse depressivo, a hora não é de tomar decisões, mas de cuidar de você. Saiba que esse momento é passageiro, vai passar e a vida vai continuar. Por isso, cuide-se.

Referências:

  • https://youtu.be/watch?v=DKKxo1Mevok
  • https://www.anamt.org.br/portal/2019/06/07/entenda-diferencas-entre-burnout-estresse-e-depressao/
  • https://saude.abril.com.br/medicina/depressao-sintomas-diagnostico-prevencao-e-tratamento/
  • https://www.qualicorp.com.br/qualicorp-explica/doencas-e-tratamentos/estresse-pode-causar-depressao/#:~:text=At%C3%A9%2050%25%20dos%20adultos%20sofrem,e%20desmotiva%C3%A7%C3%A3o%2C%20caracter%C3%ADsticos%20da%20depress%C3%A3o
  • https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/ansiedade-e-depressao-na-universidade/


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 October 22, 2021  4m