Assinalou-se no começo do mês o Dia Internacional de Tolerância Zero para as Mutilações Genitais Femininas, uma jornada instituída pelas Nações Unidas para focar as atenções sobre um fenómeno acerca do qual estima que já afectou 200 milhões de meninas e mulheres em todo o mundo e isto sob diversas formas. Entre os vários tipos de mutilações genitais femininas recenseados pela Organização Mundial da Saúde, se encontra uma prática pouco falada: o alongamento vaginal. Praticado em certas comunidades rurais do norte de Moçambique, o alongamento vaginal faz parte dos rituais de iniciação aos quais são submetidas as meninas no momento da passagem para a idade adulta. Em entrevista à RFI, Teresinha da Silva, coordenadora em Moçambique da WLSA, Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos, Mulher e Lei na África Austral, explicou no que consistem esses rituais e as consequências do alongamento vaginal sobre as meninas e mulheres.