episode 20: 019 - lives: compartilhando momentos em isolamento social
Quando se fala em uma experiência midiática coletiva e simultânea a gente já pensa logo em show, teatro, cinema...três formas de consumo de mídia completamente inviabilizadas da forma como conhecíamos antes da pandemia do novo coronavírus. Mas nem tudo está perdido: ainda que geograficamente distantes, lives no YouTube e Instagram e outros tipos de transmissão ao vivo nos presenteiam com uma proximidade temporal. A quarentena não permite que a gente divida o mesmo espaço, mas estamos nos desdobrando para dividirmos os mesmos momentos. Curioso que esse fenômeno parece bem nacional: das cinco maiores audiências de transmissões ao vivo de shows pelo YouTube, só uma não é brasileira, Andrea Bocelli cantando na deserta catedral de Milão. A recordista é Marília Mendonça, com três milhões e duzentas e noventa mil pessoas assistindo ao show simultaneamente. Mas nem só de transmissões ao vivo de musicais vive a quarentena: o fenômeno de audiência do BBB, as lives sobre o corona vírus feitas por Átila Iamarino, as reprises das finais de copa do mundo que renderam títulos ao Brasil e até os pronunciamentos de políticos viraram entretenimento coletivo durante esse período de distanciamento social. Nesse episódio conversamos sobre esse modo de consumo tão próprio da quarentena: as transmissões ao vivo. Ao que servem os panelaços, torcidas e cantoria nas janelas? Lives são sustentáveis economicamente? O fenômeno está perdendo a força ou ficará como uma herança da quarentena?
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