Ciência

Nesta nova edição do magazine "Ciência", debruçamo-nos sobre o Fundo Global de Luta contra a Sida, Tuberculose e Malária, um dispositivo global que investe anualmente 4 mil milhões de dólares nos programas de luta contra estas doenças em todo o mundo e apoia especificamente os sistemas de saúde nos países em desenvolvimento. A antiga Ministra da Saúde da Guiné-Bissau, Magda Nely Robalo, acaba de ser nomeada Presidente do Comité de ética e governação deste fundo por um mandato de dois anos. Um mandato que começa num período de grandes desafios, com a pandemia de coronavírus a mobilizar todos os esforços, inclusivamente uma parte dos meios do fundo global, isto também numa altura em que as instituições da ONU recordam que outras doenças continuam a matar. Há dias, as Nações Unidas revelaram que, neste período específico, as dificuldades de acesso aos medicamentos anti-retrovirais poderiam causar este ano a morte de 500 mil pessoas na África subsariana devido à Sida. A OMS, por outro, lado também recordou que a malária continua a ser a principal causa de mortalidade em África, sendo que perante os entraves criados à continuidade das campanhas de luta contra o paludismo devido à crise sanitária mundial, a OMS calcula que no pior dos cenários poderiam morrer este ano mais de 700 mil pessoas com malária, ou seja, duas vezes mais do que em 2018. Foi sobre estas problemáticas que conversamos com Magda Nely Robalo, a nova presidente do comité de ética e governação do Fundo Global de Luta contra a Sida, Tuberculose e Malária, com quem evocamos também os ensinamentos da crise da covid-19.