Estudo britânico da revista The Lancet concluiu que a controversa hidroxicloroquina não parece ser benéfica para pacientes com Covid-19 e pode até ser prejudicial. A França decidiu suspender o decreto que autoriza o uso de hidroxicloroquina, o medicamento controverso quanto ao tratamento da Covid-19. Na mesma semana, Portugal, Itália, Bélgica, Costa Rica ou ainda Cabo Verde tomaram a mesma decisão. A medida foi tomada depois da publicação de artigos na revista científica britânica The Lancet, que aponta riscos associados deste medicamento em pacientes com Covid-19. O estudo publicado na The Lancet baseia-se em dados de 96.000 pacientes hospitalizados entre Dezembro e Abril em 671 hospitais e compara a situação dos doentes que receberam tratamento com os pacientes que não receberam. O estudo conclui que a controversa hidroxicloroquina não parece ser benéfica para pacientes com Covid-19 e pode até ser prejudicial. O tratamento funcionava em alguns casos no combate a Covid-19 por diminuir a infecção nas células, embora os efeitos secundários variam caso a caso. Foi confirmado que o medicamento também provoca efeitos indesejáveis tal como problemas cardíacos, descreve Diana Couto, farmacêutica portuguesa que trabalha na região de Paris.