Bianca Pyl e Luís Brasilino conversam com a historiadora Ynaê Lopes dos Santos, autora do livro “Racismo brasileiro: uma história da formação do país” (https://bit.ly/3HJC2Um), lançado em junho pela Todavia. O trabalho analisa as relações sociais do período colonial até os dias de hoje, mostrando como a história do racismo é a própria história do Brasil. Falamos sobre a invasão dos portugueses e sobre como estes já escravizavam africanos antes mesmo da sua chegada, a naturalização da violência colonial e da escravização, a expansão do tráfico humano após a Independência, os motivos que levaram à abolição, a relação entre os ideais Iluministas e o racismo científico, a eugenia e o florescimento da República, a valorização da mestiçagem da Era Vargas, a precarização da formação de professores durante a ditadura militar e sua relação com o racismo, as contradições entre a ampliação de direitos e a chancela da lógica racista na Constituição de 1988 e o uso da discriminação racial como ferramenta política pela extrema-direita atual. Doutora em história social pela Universidade de São Paulo, Ynaê é professora no Instituto de História da Universidade Federal Fluminense. É autora de “Além da senzala: arranjos escravos de moradia no Rio de Janeiro (1808-1850)” e “História da África e do Brasil afrodescendente”. Trilha: Leci Brandão, “Zé do Caroço”; e Emicida, Majur e Pabllo Vittar, “AmarElo (Sample: Sujeito de sorte - Belchior” (DJ Duh, Emicida e Felipe Vassão).