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Os atos deste domingo foram expressivos, mesmo não colocando o mesmo número de pessoas nas ruas, como a manifestação de 15 de maio pela educação. As mobilizações chegaram a 156 cidades. Ao que parece, não foi o eleitor autoritário que foi para a rua. O espírito não era esse. Estavam na rua os representantes do 'bolsonarismo raiz'.
Dias atrás, o deputado federal Eduardo Bolsonaro disse que a bomba nuclear garante a paz. Esta era exatamente a posição do pai dele há dez anos. Hoje, isso é um acorde dissonante. Os militares trataram essa declaração de Eduardo como mais uma de 'um pote até aqui de asneiras' da prole bolsonarista. O mais dissonante nesta declaração é que o projeto nuclear brasileiro está em uma fase altamente delicada e este tipo de declaração não ajuda em nada.
Bolsonaro dá sinais de estar finalmente disposto a fazer política. Ao que parece, ele 'viu a água subindo' e resolveu mudar de postura, acredita Maria Cristina Fernandes. Entre outras coisas, recuou do decreto das armas e desistiu de ir aos protestos domingo. O bolsonarismo está dividido. Mas isso não é ruim para o país.
Base do presidente Jair Bolsonaro está dividida, mas não é por isso que será um fiasco o ato do próximo domingo pró-governo. Analistas observam as movimentações em torno dos protestos. Alguns acreditam que os atos estão sendo menosprezados, de forma equivocada e precipitada.
Presidente tem acirrado os conflitos ao longo das últimas semanas. Mas, de ontem para cá, parece que ele 'colocou a bola no chão' e resolveu jogar. O aceno ao Congresso ajudou no fechamento da Bolsa e aliviou o câmbio. Inclusive, ouviu-se dele o inimaginável: 'o que eu quero mesmo é conversar'. Quem imaginava isso dele há dez dias?
São eles que pagam sempre a conta. Segundo pesquisa recente, desigualdade de renda subiu mais uma vez no Brasil e é a maior desde 2012. O emprego teve uma pequena melhora, mas esta não chegou à base da sociedade. E são também os mais pobres que dominam a lista dos chamados desalentados.
MP do Rio pediu ao departamento de recuperação de ativos alguns dados sobre a empresa que participa das transações imobiliárias do senador Flávio Bolsonaro. É um departamento subordinado ao Ministério da Justiça, do qual Moro é titular. Sabemos que Bolsonaro está furioso com a investigação sobre o filho. Agora a gente vai ver se Sergio Moro vai dar aos investigadores liberdade de apuração.
Presidente Bolsonaro cometeu o mesmo erro da então presidente Dilma, que, em 2013, viu nas manifestações uma liderança política disposta a derrubá-la. Mas ele a superou: primeiro, no linguajar, ao chamá-los de 'imbecis'. Segundo, ao unir estudantes, sindicatos e Congresso. O que não passaria de um ato público contra a reforma virou uma paralisação nacional. 'Sindicatos recolheram bandeiras para que estudantes as empunhassem'.
Maria Cristina Fernandes analisa que ‘na queda de braço entre as ruas e o ministro da Educação pelos cortes, o Congresso já mostrou de que lado está’. Ontem, o Congresso derrotou o governo votando pelo comparecimento do ministro na Câmara dos Deputados.
A quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz pode trazer dor de cabeça até o fim do governo do pai Jair Bolsonaro. A medida é relativa a dez anos de mandatos eletivo do filho do presidente.